sábado, 8 de dezembro de 2007

Prémio Nobel da Paz quer educação para a cidadania global


O prémio Nobel da Paz, D. Ximenes Belo, defendeu ontem, em Viana do Castelo, uma educação para a cidadania global de modo a que as novas gerações olhem de uma forma nova para a guerra e não a vejam como uma fatalidade e, ao mesmo tempo, se consciencializem da sua responsabilidade para com todos os homens.
Intervindo no colóquio “Tolerância e multiculturalidades: desafios do século XXI”, o Bispo emérito de Díli – Timor sustentou que é necessário condenar com «firmeza a guerra» e que a paz, permanentemente sob ameaça, só será alcançada com a «erradicação » das injustiças e das desigualdades, das invejas e das desconfianças.
O passo a dar chama-se solidariedade exercitada entre nações e povos, provendo às necessidades básicas de todos os homens. Nesta relação, frisou o prelado, a «verdade» é um pilar fundamental para a eliminação de toda e qualquer segregação que há-de ser aprofundada numa cultura de justiça ao reconhecer direitos e deveres a todos.
Um dos desafios fortes do novo século, assinalou D. Ximenes Belo, é «estabelecer bases de educação para uma nova cultura da paz». Esta educação que deverá envolver da família à sociedade em geral, passando por todas as outras estruturas de governo e participação, acredita, mobilizará as pessoas para uma «cidadania global» com uma noção bem assimilada de que os direitos e deveres de cada homem superam as fronteiras de qualquer Estado nação.

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